Dicas de como economizar combustível

A manutenção do veículo e a maneira de dirigir influencia diretamente no consumo de combustível, seja abastecendo com gasolina, etanol ou diesel.

Jul 29, 2021 - 20:46
Ago 20, 2021 - 08:23
Dicas de como economizar combustível
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Listamos abaixo algumas dicas importantes para você economizar combustível.

Respeite a rotação do motor e a troca de marchas

Quando estiver dirigindo, nada de rotação muito baixa ou muito alta, procure manter o giro do motor compatível com a marcha escolhida, se o carro for equipado com câmbio manual, sempre trocar as marchas de forma suave e no tempo certo.

Dirija com um olho na pista e outro – quando possível – no conta-giros. Com o carro em movimento em velocidades médias na cidade, tente manter o motor dentro de um intervalo médio de rotações. Em mais de dois terços dos veículos de passeio, a faixa que vai consumir menos combustível é entre 2.000 e 2.500 rpm.

Isso vale, inclusive, para você passar a marcha no tempo certo dentro destes limites – siga os avisos do sistema se o seu carro tem indicador de trocas ou o velho vacuômetro. Ou seja, evite esticar demais as marchas, ou fazer a mudança muito abaixo da rotação, o que vai exigir força maior no acelerador e uma redução na transmissão.

Em modelos com câmbio automático, a boa notícia é que, se você pisar no pedal do acelerador de maneira “normal”, a caixa já faz as mudanças dentro desta faixa de melhor consumo do motor. Especialmente nas transmissões continuamente variáveis (CVT).

Na estrada, o importante é manter uma velocidade de cruzeiro para que o motor trabalhe na menor rotação possível. Nos motores mais modernos, é comum ver carros a 100 km/h com o ponteiro abaixo das 2.000 rpm.

Mantenha a manutenção em dia

A manutenção em dia evita que o motor consuma mais combustível que o necessário, além de aumentar a vida útil do componente. É importante checar regularmente e, se necessário, trocar os filtros de ar, de óleo, de combustível e principalmente fazer a substituição das velas.

Fazer revisões preventivas e regulares vão fazer o motorista não só economizar combustível, como também não ter dores de cabeça. Leve o veículo a uma concessionária ou em uma oficina de confiança a cada 10 mil km, inclusive se seu modelo já está fora da garantia.

Nas revisões, peça para os mecânicos darem uma atenção especial a velas, cabos e bobinas, componentes que influenciam diretamente no consumo. Peça para verificarem também o filtro de combustível e o filtro de ar (elemento). Neste, nada de limpá-lo com ar comprimido, o que vai danificar a peça e diminuir seu poder de filtragem. Se estiver muito sujo, troque-o.

Troca de óleo

Manter em dia o óleo que trabalha dentro do motor é fundamental para economizar combustível. Nos carros novos as trocas recomendadas pelo fabricante geralmente são feitas nas revisões obrigatórias, a cada 10.000 km – em geral.

Para carros fora de garantia, recomenda-se o mesmo intervalo e para veículos com mais de cinco anos, a dica é reduzir esse intervalo para 7 mil ou 8 mil km. Importante é sempre seguir as especificações do lubrificante indicadas pela montadora, pois o motor foi projetado para trabalhar com aquele óleo.

Lembre-se que lubrificante fora das especificações pode comprometer o funcionamento do motor. O produto pode não ser adequado para aquela temperatura na qual o conjunto trabalha, ou ter viscosidade errada e aumentar o atrito entre as peças.

Mas e se manual do veículo recomendar duas opções de óleos com viscosidades diferentes? Neste caso, opte pelo produto com menos índice de viscosidade, que pode representar um pequeno ganho de eficiência energética.

Isso porque, com óleo mais “grosso”, as peças metálicas móveis do motor enfrentarão mais resistência para trabalharem. Obviamente, esse esforço a mais demandará combustível. Então, se o manual recomenda um 5W30 ou um 10W40, vá de 5W30, por exemplo.

Ah, e não esqueça de substituir o filtro de óleo a cada troca de lubrificante. Muitas montadoras recomendam a peça nova a cada duas mudanças de óleo, mas, se possível, use um filtro novo a cada lubrificante novo.

Uso racional do ar-condicionado

O uso do ar condicionado está diretamente ligado ao consumo de combustível, já que o compressor do equipamento é movido pelo motor. Carros com menor cilindrada gastam mais com o ar ligado. Por isso, use o ar apenas quando realmente for necessário. Na rodovia procure manter os vidros fechados mesmo quando o ar-condicionado estiver desligado.

Esteja ciente que, hoje, os sistemas de climatização roubam bem menos energia do que nos veículos dos anos 1990, mas seu uso implica, inevitavelmente, em maior consumo: de 3% a 10%. 

A orientação aqui é usar o ar em temperaturas amenas. Quanto mais baixa estiver a temperatura selecionada do dispositivo, mais força o equipamento vai exigir e isso se dará às custas de preciosas gotas de gasolina. Então, a cabine já está agradável? Aumente um pouco o termostato e ponha a velocidade do ar em nível 1 ou 2, com a circulação aberta.

Se o seu carro tem ar automático, melhor ainda. Selecione o modo “auto”, pois o sistema identifica que a temperatura ideal foi alcançada e regula sozinho velocidade e termostato.

Atenção aos instrumentos do painel

Não menospreze aquela luz que não se apaga no painel, especialmente aquela amarela que parece um motorzinho. É o “limp home” e muita gente deixa de lado porque o carro continua funcionando normalmente. Só que essa advertência indica problemas na central eletrônica e o veículo deve ser levado à oficina o quanto antes.

Isso porque o “limp home” é uma espécie de modo de emergência, para indicar que algum sensor responsável por enviar informações para o motor está defeituoso. Desta forma, o motor continua em funcionamento, só que não na forma correta, o que vai implicar em aumento no consumo de combustível.

Não acelere com o carro desengatado

Aquecer o motor antes de sair, hoje em dia, se tornou desnecessário, já que os propulsores contam com injeção eletrônica. O sistema atual dá conta de fazer o carro andar mesmo no frio. Para modelos flex, lembre-se de abastecer o tanquinho de partida a frio com gasolina. Além de gastar combustível à toa, esquentar acelerando com o motor frio em um carro com injeção eletrônica pode desgastar as peças e diminuir sua vida útil.

Evite o excesso de peso no carro

Um aspecto que pouca gente presta atenção e que influencia no consumo de combustível é a carga útil. Todo veículo tem uma quantidade máxima de peso para o qual foi projetado, o que inclui bagagens e pessoas. Ultrapassar essa capacidade, por si só, vai fazer não só o veículo ficar mais beberrão, como vai sobrecarregar outros componentes, como freios e suspensões.

Estar sempre com carro cheio também contribui para aumentar o gasto de combustível. Cargas superiores a 10 quilos já influenciam no consumo, pois o motor terá que fazer mais força para colocar o veículo em movimento. Procure levar no carro somente o necessário, evitando guardar malas, coisas pesadas, etc.

Se você é daqueles que larga tudo dentro do porta-malas como se fosse o quarto da bagunça da sua casa, mude seus hábitos e deixe o espaço vazio. Esses volumes esquecidos representam pesos extras desnecessários e que influenciam na eficiência veicular.

Verifique a calibragem dos pneus

Circular com os pneus em boas condições é essencial para economizar combustível. Pneus murchos ou vazios influenciam muito no desempenho do veículo, pois geram mais atrito com a via e força mais o motor.

O pneu é aliado importante no consumo correto de combustível – só a resistência à rolagem representa um quinto do que seu automóvel consome de gasolina. E você deve estar cansado de ler, mas não custa lembrar: pneu vazio fará o motor fazer mais força e demandar mais combustível.

De acordo com estudos de engenharia, a cada duas libras de pressão a menos do que o indicado pelo fabricante, o carro pode consumir 0,33% a mais, em média. Por esta razão, é fundamental manter a calibragem correta do pneus uma vez por semana, com a pressão recomendada pelo fabricante no manual ou em adesivos nas tampas do tanque, no porta-luvas ou dobradiças das portas.

Se está na hora de trocar, opte por pneus "verdes", que são, em média, 40% menos resistentes à rolagem. Segundo os fabricantes e engenheiros, esse tipo de pneu pode representar até 8% de economia de combustível.

Lembre-se também que, assim como os veículos, os pneus têm etiquetas de eficiência aferidas pelo Inmetro. Os classificados como “A” são os “mais econômicos”.

Mantenha o alinhamento e o balanceamento em dia

O alinhamento correto faz com que os pneus se desgastem menos e o balanceamento evita trepidações ao rodar. Além disso, previnem o aumento do atrito dos pneus no solo além do necessário e não deixam que o veículo perca desempenho.

Não acelere com o carro parado no semáforo

Quando estiver parado no semáforo, a aceleração é desnecessária e contribui para esvaziar o tanque mais rápido. Outra prática que ajuda na economia é sempre ir observando o trânsito à frente e, ao notar que o tráfego vai parar, desacelere o veículo aos poucos antes de frear. Com o carro engrenado, mas sem acelerar, a injeção eletrônica envia menos combustível ao motor.

Evite acelerar e frear bruscamente

Dirigir de maneira agressiva, além de ser perigoso, também não é interessante quando o objetivo é economizar combustível. Para prevenir o desgaste do motor, é importante trocar as marchas de forma suave e medir a força do pé no acelerador para não desperdiçar combustível.

Pode parecer um contrassenso, mas é fato: quanto mais você usa os freios, provavelmente mais combustível está desperdiçando. Por um simples motivo: quem usa os muito os freios é geralmente quem está acelerando mais do que devia e deixando para parar o veículo muito em cima de obstáculos, conversões, preferenciais ou semáforos.

Mantenha uma velocidade constante

O trânsito intenso das grandes cidades e rodovias também contribui para que o combustível vá embora mais rápido, já que é muito comum andar e parar a todo instante. As acelerações e freadas exigem mais do motor e aumentam o consumo. Quanto mais você acelerar e frear o tempo inteiro atrás de outros carros, mais gastará combustível. 

Deixar o carro no ponto morto em descidas

Apesar de muita gente acreditar que é econômico deixar o carro em ponto morto, essa pratica não é recomendada por uma questão de segurança. Se o carro estiver desengatado e sem auxílio do freio-motor, o sistema de freio será mais exigido e poderá falhar. Nesse caso, a dica é deixar o carro engatado na marcha mais alta, mesmo sem acelerar.

Cuidados ao encher o tanque

Vai usar o carro apenas em perímetro urbano? Talvez não valha a pena encher o tanque, mas sim abastecê-lo até a metade ou três quartos de sua capacidade. Por quê? Simples: quanto mais combustível, mais pesado fica o carro. E quanto mais pesado, de mais combustível ele precisará para sair da inércia e entrar em movimento.

Não deixe o tanque na reserva

Se encher o tanque pode ou não valer a pena, deixar o veículo transitando o tempo todo na reserva com certeza é prejuízo. Isso porque o baixo nível de combustível no reservatório propicia um aumento nas taxas de vaporização, o que significa desperdício de um líquido que, como estamos observando, não anda lá muito barato.

Sempre observe o trânsito e o fluxo de veículos

Notar tudo que acontece a sua volta faz com que você evite frenagens e acelerações desnecessárias. Ao perceber que o trânsito está fluindo melhor em poucos metros ou kilômetros a sua sua frente, já vá acelerando de forma lenta para se adapatar a velocidade do fluxo de veículos sem precisar acelerar bruscamente.

Use combustível de qualidade

A qualidade do combustível vai implicar diretamente no consumo. Gasolina com mais do que 27% de etanol permitidos por lei em sua composição vai fazer o motor beber mais. O uso de solventes no produto também compromete o funcionamento dos motores, contamina o óleo lubrificante e afeta a durabilidade das borrachas e mangueiras.

Por isso, desconfie de postos que praticam preços muito abaixo dos concorrentes próximos. Além disso, veja se o seu carro passou a consumir mais depois de usar determinada gasolina: se o consumo aumentou entre 15% e 20%, não volte ao estabelecimento e faça uma denúncia na ouvidoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Além disso, por lei, o motorista pode exigir o teste da gasolina no próprio posto.

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